Eu costumo decorar bem os nomes das pessoas. Sabem porquê? Porque me dedico de corpo e alma à tarefa de saber a que nomes respondem as pessoas que me rodeiam. Não fico satisfeito enquanto não sei os nomes de todas as pessoas que interagem comigo no dia-a-dia. Muitas pessoas não têm essa capacidade de dedicação… muitas outras nem lhes apetece ter. Dessas pessoas é bastante comum ouvir a expressão: “Não sou muito bom (ou boa) com nomes…” O que estas pessoas querem realmente dizer é que “não são muito boas com substantivos antropónimos”. Porque, entendendo “nomes” como “substantivos”, se “não fossem boas com nomes” provavelmente não diriam coisa com coisa e já estariam com toda a certeza internadas em instituições para deficientes mentais porque convenhamos, se aparecesse alguém à vossa beira que apenas comunicasse através de adjectivos, verbos, pronomes, interjeições e preposições; o mais certo era vocês darem uma moedinha ao (à) infeliz e fugirem a sete pés. Não. Não peço que digam que “não são muito bons (ou boas) com substantivos antropónimos”, peço-vos, isso sim, que se dediquem a saber e memorizar o nome do vosso próximo. Não vos estou a pedir que saibam o rendimento mínimo da família dele (a), apenas acho que a mais elementar obrigação que têm como membro de um grupo é saberem os nomes dos indivíduos porque afinal de contas, se os nomes existem por alguma coisa é.
O principal motivo para ao criação de nomes foi o motivo religioso como por exemplo entre os Hebreus – Mateus significa “presente do Senhor” – ou entre os Gregos – Teodósio significa “presente de Deus” ou até mesmo nos Hindus – Devadatta que significa “dádiva de Deus” – e nos Latinos – Dondeu que significa “dado por Deus”. Por provar, está ainda o nome Albina Samanta que historiadores crêem que significa “aquela que não é amada pelos pais” e também Hipólito Jagunço que, apesar de ainda não estar convencionado, pensa-se que advém do latim “gravidezis indesejadae"...
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