Ontem fui ao "Jumbo"! Dou-vos uns momentos para recuperarem do choque...
OK, já deve estar. Fui ao "Jumbo" e apercebi-me de uma coisa que sinto que já andava a remoer as minhas entranhas há já algum tempo... UMA TÉNIA!! Não; desculpem lá a piada parva. O que andava a remoer as entranhas há já algum tempo é o facto de estarem expostas aquelas frutas e legumes esquisitos, todos juntos. Se vocês prestarem atenção, vêm lá toda uma panóplia de artigos que dá muita vontade de tocar mas pouca vontade de comprar. São exemplos destes artigos, os
inhames,
mandioca,
granadilhas,
kumquats e as fascinantes
anonas.
Passando por entre a secção de frutas e legumes, dei por mim a ser atraído por esse balcão exótico e quando acordei, tinha uma anona na mão esquerda e com a mão direita ía acariciando a peça de fruta... foi então que decidi montar vigilância e apercebi-me que ninguém fica indiferente quando passa por essa secção. Toda a gente (sem excepção) toca num inhame ou pega num pequeno kumquat e dá-se ao trabalho de percorrer a secção dos legumes de uma ponta à outra para ir ter com o marido para lhe mostrar enquanto se ri com a boca toda. Mas ninguém, repito, NINGUÉM compra! Não critico porque enquanto escrevo isto sinto uma pulsão incontrolável de tocar numa anona...
Fico também com a sensação que para além de estarem ali compilados todos os legumes e frutos esquisitos, estão também lá expostos aquele tipo de fruta que eu só comeria se estivesse perdido numa ilha deserta... tipo abacate. Eu, que estou na civilização, não me vejo a comprar um abacate... até vos digo mais, abacate é um fruto digno de se comer apenas se for comido por a pessoa que (de roupa esfarrapada) trepou o abacateiro, cortou-o com uma catana e debruçou-se sobre a fruta esfocinhando-a. Um abacate é o último recurso de um náufrago e não a sobremesa de um advogado que chega a casa estafado depois de um dia de trabalho extenuante na grande cidade...