Burocracia... Silêncio, Calma... Feitiçaria... Lá Lá Lá Lá Láá...

Reuniu-se esta segunda-feira, pela primeira vez, o recém-formado Conselho de Prevenção da Corrupção. Como o nome indica, este conselho visa prevenir e detectar riscos de corrupção. É presidido pelo presidente do Tribunal de Contas (TC), Guilherme de Oliveira Martins, e integra o director do TC (que é o secretário-geral), três inspectores (Finanças, Obras Públicas e Administração Local), um magistrado do Ministério Público designado pelo Conselho Superior da Magistratura, um advogado nomeado pelo Conselho Geral da Ordem dos Advogados e uma personalidade de reconhecido mérito nesta área, cooptada pelos restantes membros.
Continuando, a reunião começou com a seguinte declaração de Guilherme de Oliveira Martins: “Antes de mais, peço desculpa pelo meu atraso mas a verdade é que me distraí das horas enquanto estava a praticar um qualquer acto (ou omitindo-o), sendo ele lícito ou ilícito, esperando o recebimento ou promessa de uma qualquer compensação que não seja devida para mim ou para um terceiro *” Ao que os restantes membros responderam com um encolher de ombros…
Maria José Morgado é que pareceu renitente a este conselho, chamando-lhe inclusivamente “Castelo de Burocracia”. Ao que Guilherme de Oliveira Martins respondeu: “Essa senhora que preencha o modelo de impresso 32 RFI mais a ficha de inscrição do número de identificação de pessoa singular, juntamente com o anexo II tipo B mais duas fotocópias do bilhete de identidade, uma do cartão de contribuinte, uma da declaração do início de actividade e outra da nota de liquidação do IRS referente ao ano de 2007; que me envie isso tudo em dois envelopes seguindo as normas ISO 269 de dimensões aprovadas de envelopes, que aguarde de 3 a 4 anos E DEPOIS QUE ME DIGA ISSO NA MINHA CARA, PÁ!!!”