Tá Frescote...

domingo, janeiro 02, 2011

Vezes Vezes Vezes dá Vezes

Era uma vez, numa terra muito distante, onde viviam duas vezes em terras muito próximas, quatro sentimentos que corriam sem sentir o chão e sentiam sem andar a pé.
Chamavam-se nomes... Sendo que cada um tinha um diferente. O primeiro era uma vez... Já o segundo era duas vezes... O terceiro não existia... E o quarto era o terceiro.
Certo dia incerto, mais uma vez saltitaram os três fazendo na soma cinco vezes, até que encontraram o escondido e desenterraram o enterrado. Como se chama o enterrado? Não se chama. Uma vez que já não o está. E com esta são seis vezes! Trouxeram-no para casa onde o enterraram de vez fazendo desta a sétima... E agora qual é o seu nome? O enterrado? Não. Não tem nome porque não tem ar. E não tem ar porque não respira. O ar é o nome, e da outra vez que tinha nome passou para esta sem o ter... Oito vezes! A aldeia está mais cheia... Mais cheia de vezes pelo que elas acontecem de vez em quando e de quando em vez. Dez vezes se juntam!
E agora a terra muito distante que era uma vez, está cheia de vezes, repleta de vezes, multiplicada por vezes e agora já não o é. Não o é o quê? Não o é distante nem próxima... É apenas inexistente outra vez.