Tá Frescote...

segunda-feira, outubro 31, 2005

De Onde É Que Vens?

Já referi neste blog que entrei recentemente na faculdade e lá deparei-me com uma realidade nova que advém do facto de estar a estudar noutra cidade (mesmo que seja numa cidade perto de onde moro). Essa nova realidade é o facto de, por haver gente da mesma cidade que se encontra a estudar na mesma faculdade que se situa noutra cidade, somos obrigados a nos conhecermos. Confusos? Eu dou um exemplo:
"De onde és?"
"Sou de Gondomar."
"De Gondomar? A Custódia é de Gondomar! Tu conheces a Custódia!"
"Custódia... Custódia... não, por acaso não conheço nenhuma Custódia..."
"Conheces, conheces! Ela é de Gondomar!"
"Não, não conheço."
"Ela é de Gondomar e tu és de Gondomar! Tu conheces a Custódia!"
"Sabes que Gondomar ainda é grandito..."
"Ó! Conheces a Custódia sim senhor!"
(E por aí em diante..)
Confrontado com esta faceta que desconhecia, não posso deixar de alargar esta característica a nível cósmico e imaginar a seguinte situação. Sigam-me: Uma nave espacial proveniente de Saturno aterra no nosso planeta e rapta um rapaz. Assim que chegam ao seu planeta, pegam no pobre terrestre e atiram-no para as masmorras onde o terrestre trava conhecimento com um marciano de tez roxa com duas pernas, catorze olhos e três braços.
Marciano - "Pois é... os Anéis hoje estão com uma cor castanha a fugir para o azul..."
Terrestre - "Pois é, pois é..."
Marciano - "..."
Terrestre - "..."
Marciano - "Eu venho de Marte. Chamo-me Zorg, mas os meus amigos chamam-me Zorguenaciteromalikenogargantinanociscreptum para facilitar..."
Terrestre - "Eu chamo-me Horácio. Então é assim que são os Marcianos... 14 olhos, 3 braços..."
Marciano - "Não, normalmente temos 4 braços mas eu perdi um num acidente com uma máquina de cortar fiambre..."
Terrestre - "Txiii... que triste... e o que é que estavas a fazer com a máquina de cortar fiambre?"
Marciano - "Olha eu estava a... portanto... a... cortar fiambre."
Terrestre - "E depois?"
Marciano - "Estava a cortar fiambre e entretanto... como hei-de dizer... pronto, cortei um braço."
Terrestre - "Que história enternecedora..."
Marciano - "E tu? De onde é que vens?"
Terrestre - "Eu venho do planeta Terra."
Marciano - "A sério!? Então deves conhecer aquele que está ali a ser sondado!"
Terrestre - "Deixa ver... não, não o conheço."
Marciano - "Conheces, conheces! Olha bem para ele!"
Terrestre - "Não. Por acaso não o conheço."
Marciano - "Mas então tu és do planeta Terra, ele é do planeta Terra. Tens que saber quem é o gajo, pá!!"
Terrestre - " Isso é um absurdo! Estamos a falar à escala glob..."
Marciano - "Olha agora! Olha agora! Estão a metê-lo num frasco! Olha bem para ele e diz-me lá se não o conheces... Claro que o conheces, vocês são do mesmíssimo planeta!!"

Os Misteriosos Mini-Bolsos

Depois de lerem este post, quem me puder ajudar que me ajude. Uma dúvida assombra a minha cabeça e não me deixa descansar. Vocês conhecem aqueles pequenos bolsos que se encontram dentro dos bolsos normais das calças? Sim, esses pequenos e quadrados bolsos chapados ao forro das calças. A pergunta é: Para que servem?! Fiz uma investigação aprofundada e a maioria das pessoas responderam que esses bolsos servem para pôr moedas. Caros leitores, eu próprio arrisquei fazer um teste e tirei as seguintes conclusões:
- As moedas entram mas não saem a menos que se faça o pino de mãos.
- Não se deve fazer o pino de mãos em gravilha pois, parecendo que não, aleija bastante e provoca (em segunda instância) fracturas a nível do crânio.
De seguida tentei usar esses bolsos para guardar palitos e tirei a seguinte conclusão:
- Sentar-se com palitos nos bolsos faz com que estes perfurem a parte superior das coxas.
Para acabar, armazenei bocadinhos partidos de um pau de gelado em ambos os mini-bolsos. Tirei a seguinte conclusão:
- Guardar bocadinhos partidos do pau de um gelado é extremamente parvo e é também uma enorme perda de tempo (ao contrário dos restantes testes, obviamente).
Aceitam-se sugestões de coisas para guardar nesses misteriosos bolsos. As mais originais ganharão uma fantástica viagem para uma pessoa e meia até Celorico da Beira.

Revolução das Células Fotoelétricas

Uma coisa chamou-me à atenção de maneira brusca a última vez que fui ao Pingo Doce. Algo que não só me chamou à atenção como quase que me partiu a cana do nariz: A porta de abertura automática. Porquê? Porque eu ainda sou do tempo em que não era preciso parar; lá íamos nós e ao chegar à porta ela abria e nós, sem abrandar, entravamos no estabelecimento. O que agora acontece (não só no Pingo Doce perto da minha casa como em todos os sítios cuja porta funciona segundo o mesmo mecanismo) quase que é preciso bater à porta ou na pior das hipóteses, bater contra a porta para ela abrir. Pois é meus amigos... a revolução das células fotoelétricas começou sem avisar e agora ninguém as pode parar... ou melhor... só uma pessoa as pode parar... e essa pessoa é..........:
O TÉCNICO RESPONSÁVEL PELA MANUTENÇÃO DAS PORTAS AUTOMÁTICAAAAAAAAAAS!!!

quinta-feira, outubro 27, 2005

! ! ! ! ! ! ! ! ! ! 100 ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

Pessoal! Este é oficialmente o post número 100! E como tal, queria apenas dar umas palavras de apreço a todas as pessoas que de algum modo contribuíram para este blog ter a honra de chegar a este bonito número de posts. Um grande obrigado aos meus amigos que fazem parte da minha vida há mais de 9 anos, um grande obrigado à corrente de amigos que conheci à 4 anos, um grande obrigado aos meus mais recentes mas não menos importantes amigos, um grande obrigado à minha família, um grande obrigado a todos que (nem que tenha sido por acidente) leram no mínimo um texto. Não quero referir nomes mas tenho a certeza que quem estiver a ler sabe de quem falo. Cada elogio e cada gargalhada foram muitas vezes o combustível necessário para mais uns agrupamentos de palavras ao qual pouca gente chama frases por isso considero o "Tá Frescote" um tributo a todos os referidos acima. Quando iniciei a saga da escrita humorística neste blog, o meu objectivo sempre foi libertar os meus mais profundos e simultâneamente os mais "sem-sentido" pensamentos que volta e meia assombram a minha mente, mas com o passar do tempo aprendi a dar valor ao facto de ser reconhecido, não por os media ou público geral mas por as pessoas que conheço, e é maioritariamente para elas que transformo em textos as ideias, teorias ou verdades distorcidas que "crio". Antes que me caiam acidentalmente ciscos nos olhos, vou rematar este centésimo post dizendo que dia 17 de Novembro o "Tá Frescote" faz um ano e eu gostava muito que o post desse dia contivesse um puzzle de textos vossos, por isso, mãos ao trabalho! Espero que continuem a gostar e a rir-se com este blog e mais uma vez....:
OBRIGADO!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, outubro 19, 2005

Dura Praxis Sed Praxis

Peço desde já desculpa por já não postar um texto há algum tempo mas a razão é simples: Entrei recentemente na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave e o tempo tem escasseado mas regresso para vos falar de algo que estou a passar neste momento: a praxe académica.
A história verídica que escrevo de seguida é para dar a conhecer a verdadeira maldade e crueldade psicológica inerente nas praxes académicas. É uma história, como já referi, real mas com nomes fictícios para que seja preservada a integridade dos seus intervenientes cujo interveniente principal não sou eu... a sério... digo-vos que não sou eu!! E não importa quem disser o contrário!.
É a história de um rapaz, um caloiro de seu nome "Joel" que não gostava de ser praxado mas que não era completamente contra a praxe e por isso aceitou ser praxado. Num desses rituais, foi pedido ao "Joel" que pegasse num ouriço que tinha caído de um castanheiro... um ouriço que já tinha libertado a sua castanha. "Joel" ficou um momento a olhar para o ouriço e depois, a medo, lá pegou nele. Foi-lhe ordenado que andasse com esse ouriço durante toda a tarde e aos poucos, "Joel" afeiçoou-se àquele invólcro espinhoso. A afinidade já era tal que "Joel" já tinha inclusivamente dado um nome ao seu ouriço: Malaquias. Depois de longas conversas com o pequeno Malaquias, "Joel" apercebeu-se que ele pertencia ao Ku Klux Klan (mais precisamente da Secção Dos Ouriços do Norte Português) e apesar do "Joel" desprezar racistas, a amizade era tão forte que mais nada interessava. "Joel" foi chamado por uma Doutora que lhe disse a última coisa que ele quereria ouvir: "Caloiro! Deita o ouriço ao lixo! Já!" "Joel" perguntava-se "porquê!?" mas tinha que obdecer. Ainda perguntou à tirana Doutora se poderia deixar o ouriço no parque à beira dos restantes ouriços seus amigos mas a Doutora mostrou-se irredutível aos pedidos do "Joel" e com dois berros obrigou-o a desfazer-se do seu amigo. Quando chegou a casa, "Joel" chorou como nunca tinha chorado antes.
Este relato é bem conclusivo acerca do trauma da praxe... mas, como é bem claro, não me refiro ao trauma causado por um rapaz ter que deitar ao lixo o seu melhor amigo nem sequer me refiro ao trauma que leva um rapaz a conversar e a ouvir vozes vindas de um objecto acéfalo; refiro-me isso sim ao trauma que leva um rapaz a manter uma relação de amizade com um ouriço pertencente a uma organização tão maquiavélica como o Ku Klux Klan... obviamente.